sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Sintomas do Cristianismo

Sintomas do Cristianismo
(Antônio Pompéia)

“Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus”. (Atos 4:12)

“Diga-me com quem tu andas e direi quem tu és”! Este adágio popular expressa algo que evidencia o modo de vida que alguém tem levado mediante as suas companhias. Quem anda com sábios, mais sábio ficará. Quem com tolo anda na tolice fincará seus pés. No caso de Pedro e João, era notório o testemunho do qual davam, pois as pessoas conheciam como eles eram antes de estar com Jesus, e de iletrados e indoutos, agora falavam com ousadia e eloqüência acerca da Palavra de Deus.

Olhando existencialmente para a vida, sabemos que há em todas as etapas momentos em que estamos mais suscetíveis a mudanças, ainda que pareçam difíceis de começá-las. Mas a grande pérola do cristianismo é a que caracteriza a transformação do ser humano não estética, mas da ética e da consciência espiritual. É como estar caminhado para o Sul e se der conta que o Norte é em sentido contrário e, por escolha pessoal, se volta para o lado certo e reinicia a caminhada. Isso se chama arrependimento, que em grego quer dizer “metanóia”.

Como qualquer homem, Pedro e João tiveram problemas e dificuldades como todos os outros. Há quem tenha que lutar contra a mentira, outros contra a demasiada paixão por alguma substância e, outros ainda por algum hábito que não é nobre. O Apóstolo Paulo escreveu em Efésios 4:21-29 que o que era antes conhecido como erro, deve ser abandonado, pois em Cristo todos são novas criaturas. Quem furtava, não furte mais; quem fofocava, não fofoque mais; quem se drogava, não se drogue mais. E assim por diante, é um evidenciar de uma nova vida a cada dia onde o meio onde se vive perceberá a transformação real na vida de quem professa a Cristo.

Que todos os dias, nossas atitudes sejam como os raios do Sol numa manhã de verão, que aquecem e que clareiam a estrada por onde caminharemos enquanto acordarmos.

Antônio Pompéia

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Todos os meus medos

Todos os meus medos

(Antônio Pompéia)

Todos os meus medos

Traduzidos por palavras

São meios inteiros de dizer

Que tenho saudades por você estar longe

De perder seu cheiro

Que meu corpo recusa esquecer

Que minhas mãos sentem saudades de tocar

Que meus lábios querem beijar

Meus medos são segredos

Escritos em muros nas ruas do meu coração

Que gritam

Não me esqueça

Jamais

Não me deixe

Nunca

Não me abandone

De novo

Tudo é novo

No velho mundo

Mas você

Você

É tudo

O que eu sempre sonhei

Mesmo com medo

Que no maior dos temores

Acreditei

E senti

Mim mesmo

Vivendo

Antônio Pompéia, 26 de Novembro de 2008, às 2:21, de uma noite cheia de saudades.