sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A vida como ela é


Seria engraçado se não fosse verdade.
Mas não podemos desistir nunca.
Temos que matar um gigante por dia e às vezes, muitas vezes... esse gigante vive dentro de nós mesmo: o gigante do medo, mágoa, abandono, traição, esquecimento, falhas e erros que cometemos no passado...
A cada dia nos levantamos com a vontade de estar de pé e caminhar para frente, mas a dura realizada vitaminada com a porção extra de cegueira surdez e de corações mudos nos fazem nos aproximar mais ainda da resignação...
MAS DIGA O FRACO... SOU FORTE!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ø

Ø
(Antônio Pompéia)
Tudo aquilo que eu não sei dizer
Esta em quase tudo escondido no meu coração
Há tantas coisas que eu sei de cor
E poucas cores para tanta dor
O espaço vago é assustador
Quando se sabe que a saudade vem
Eu quis dizer tanto mesmo sem saber
Mas era o medo de perder alguém
Que eu quero
Que eu tenho
Que eu amo
Você
Desistir é uma fuga para quem não tem força para acreditar no que diz que ama!Eu não desisto. Eu amo!
Antônio Pompéia, 30/04/2009 – 16:40, no balcão da padaria, numa tarde de companhia etílica e solitária...

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Esperança Para os Dias Difíceis

Esperança Para os Dias Difíceis
Antônio Pompéia

Ano Novo... Vida nova... Tudo novo. Gostamos de pensar em perspectivas diferentes para situações que sabemos que ainda não mudaram apesar dos dias que temos visto passar e muitas vezes não vemos acontecer o que esperávamos. Mas como diz o ditado de antigos navegantes citado por Fernando Pessoa – “Navegar é preciso”. Navegar em águas é estar sujeito as tempestades e esperar mais da vida além de viver apenas. É criar coragem e prosseguir em sonhar para chegar ao porto desejado.

Sabemos que nem tudo é um mar de rosas e por diversos momentos em nossas vidas enfrentaremos ventos contrários e conheceremos a fúria natural da experiência magnífica de estar vivo. E aprendemos com as adversidades quando eles existem. A borboleta somente tem forças nas asas para voar quando sai do casulo porque se esforça para sair dele. Nada é fácil para um ser tão frágil como a estrutura de uma borboleta, mas ela consegue romper o material em que está envolvida e levantar o vôo para sua liberdade. Da mesma maneira a raça humana permaneceu por muito tempo envolvida nas trevas da dúvida, do medo e da solidão pela distância do Criador. Mas no meio da noite espiritual que a humanidade vivia raiou o Sol da Justiça – Cristo – que trouxe novamente a possibilidade de toda criatura tornar a ver Deus como um Pai.

Quando Cristo nasceu o sol já tinha se posto na cidade de Belém e os pastores de ovelhas, em meio à escuridão da noite, ouviram a notícia de que tinha nascido o Salvador. Era noite também quando Samuel ouviu a voz de Deus. Estava escuro ainda quando Maria Madalena foi ao sepulcro e viu que o Mestre tinha ressuscitado. Pode ser que o início deste ano ainda esteja totalmente escuro e sua visão do futuro esteja turva devido aos problemas que ainda não tiveram resposta, mas crer é preciso para continuar a navegar nos mares da vida. Sem fé é impossível agradar a Deus da mesma maneira que sem combustível um avião não decola. Crer em Deus é como regar o Sol que brilhará continuamente enquanto houver vida.

Que neste ano cada dia seja regado com as águas do manancial da vida e que as sementes da esperança germinem e produzam os frutos necessários para prover força e coragem para todos os dias.

Antônio Pompéia

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Sintomas do Cristianismo

Sintomas do Cristianismo
(Antônio Pompéia)

“Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus”. (Atos 4:12)

“Diga-me com quem tu andas e direi quem tu és”! Este adágio popular expressa algo que evidencia o modo de vida que alguém tem levado mediante as suas companhias. Quem anda com sábios, mais sábio ficará. Quem com tolo anda na tolice fincará seus pés. No caso de Pedro e João, era notório o testemunho do qual davam, pois as pessoas conheciam como eles eram antes de estar com Jesus, e de iletrados e indoutos, agora falavam com ousadia e eloqüência acerca da Palavra de Deus.

Olhando existencialmente para a vida, sabemos que há em todas as etapas momentos em que estamos mais suscetíveis a mudanças, ainda que pareçam difíceis de começá-las. Mas a grande pérola do cristianismo é a que caracteriza a transformação do ser humano não estética, mas da ética e da consciência espiritual. É como estar caminhado para o Sul e se der conta que o Norte é em sentido contrário e, por escolha pessoal, se volta para o lado certo e reinicia a caminhada. Isso se chama arrependimento, que em grego quer dizer “metanóia”.

Como qualquer homem, Pedro e João tiveram problemas e dificuldades como todos os outros. Há quem tenha que lutar contra a mentira, outros contra a demasiada paixão por alguma substância e, outros ainda por algum hábito que não é nobre. O Apóstolo Paulo escreveu em Efésios 4:21-29 que o que era antes conhecido como erro, deve ser abandonado, pois em Cristo todos são novas criaturas. Quem furtava, não furte mais; quem fofocava, não fofoque mais; quem se drogava, não se drogue mais. E assim por diante, é um evidenciar de uma nova vida a cada dia onde o meio onde se vive perceberá a transformação real na vida de quem professa a Cristo.

Que todos os dias, nossas atitudes sejam como os raios do Sol numa manhã de verão, que aquecem e que clareiam a estrada por onde caminharemos enquanto acordarmos.

Antônio Pompéia

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Todos os meus medos

Todos os meus medos

(Antônio Pompéia)

Todos os meus medos

Traduzidos por palavras

São meios inteiros de dizer

Que tenho saudades por você estar longe

De perder seu cheiro

Que meu corpo recusa esquecer

Que minhas mãos sentem saudades de tocar

Que meus lábios querem beijar

Meus medos são segredos

Escritos em muros nas ruas do meu coração

Que gritam

Não me esqueça

Jamais

Não me deixe

Nunca

Não me abandone

De novo

Tudo é novo

No velho mundo

Mas você

Você

É tudo

O que eu sempre sonhei

Mesmo com medo

Que no maior dos temores

Acreditei

E senti

Mim mesmo

Vivendo

Antônio Pompéia, 26 de Novembro de 2008, às 2:21, de uma noite cheia de saudades.

domingo, 9 de novembro de 2008

Souvenir

Souvenir
(Antônio Pompéia)

Ficou um pouco de você em mim mesmo
Ficou um gosto de você em tudo o que é meu
Ainda sinto a sua mão tocando a minha
Ainda sinto a sua pele na minha boca
E a minha boca com sede da sua.

Ainda tem seu cheiro no meu ombro
Ainda tem seu cabelo nos meus
Tem tudo de você em mim mesmo
E eu hoje me sinto sozinho de mim...
Porque olho e não te vejo senão em imagens
Que o tempo quer apagar
Mas não pode
Ou eu mesmo
Não quero deixar...

Ainda ouço sua voz no meu ouvido
Ainda consigo decifrar o sussurro
Aquele olhar ficou
Pois chegou para ficar
Ficou tudo de você em mim
Porque nada do que se foi se vai
Quando se tem o que temos
Tivemos
Ou pensamos que era
E foi...

Mas ficou...

Ainda ouço seu canto...
Ainda ouço seu riso
E seu pranto que agora é meu
Ainda ficou e me faz lembrar
Que há mais de você em mim
Do que eu em mim mesmo...

Antônio Pompéia, Rio de Janeiro, 08 de Novembro de 2008, 12:03, num sábado de sol escondido e saudades descobertas...

sábado, 8 de novembro de 2008

A Razão de Tudo

A Razão de Tudo

(Antônio Pompéia)

A Razão da Fome é a resposta do Egoísmo do irmão mais Forte.

A Razão da Guerra é a resposta da Ganância do irmão mais Perverso.

A Razão da Separação é a resposta da Unicidade do irmão mais desejoso de Orgulho.

A Razão das Lágrimas é a resposta da Motivação do irmão mais potente em Rir quando não Sente.

A Razão da Morte é a resposta da Vida inexistente em irmão Nenhum.


Quem se fez irmão, se fez servo. Se fez ouvido para ouvir, se fez carne e se fez, além de tudo, abrigo, amigo, imagem do invisível, abraço, apoio, calor, amor e esperança.


A Razão da Vida é a resposta do Cristo que se fez Morte para que houvesse em mim a vida.

A Razão do Riso é a resposta do dia em que no Jardim Ele chorou para tirar de cada um hoje mais do que um sorriso escondido.

A Razão do Abraço é a resposta do dia em que Ele abriu os braços e deixou que pregassem suas mãos e pés.

A Razão da Paz é a resposta da Entrega daquele que amou até o fim.

A Razão da Abundância de Pão de cada dia, é que, ainda que me falte alguma coisa, eu sei que, por Ele, tudo está a minha disposição.

A maior fome do homem é liberdade.

E na Cruz, Ele disse: Está consumado!

Hoje vós sois livres.


Você é a razão da fome de alguém?

Seja de pão ou de liberdade, não seja omisso e nem acuse a multidão.

Você é a razão da guerra em alguém?

Seja o porta-voz da mensagem pacificadora e se for o caso, levante você primeiro a bandeira branca.

Você é a razão da separação?

Estenda os braços, crie coragem e solte a voz... Emitindo a canção da reconciliação.

Você é a razão da lágrima de alguém?

Seja o motivo de alegria no seu pedido de perdão. Não permita que seu coração seja um cemitério onde pessoas jazem em túmulos de amargura.

Você é o motivo da morte de alguém?

Aquele que odeia mata um ao outro.

Abre teu bom tesouro, seu coração, e compartilhe com os que estão sem esperança.


A Razão de tudo é Cristo.


Antônio Pompéia, Rio de Janeiro, 11 de Setembro de 2006. 11:24 h.