Exumação de Mim Mesmo
(Antônio Pompéia)
Arranca pedaços de mim mesmo e diz que faz parte de mim?
Arranca fibras do meu coração e diz que mora nele?
Arranca lágrimas da minha alma e me oferece lenço para enxugar meus olhos?
Arranca sonhos dos cemitérios do meu espírito para depois me cremar?
Arranca minha solidão para me deixar mais sozinho agora?
Exumo a mim mesmo para buscar a vida de volta...
Eu sei que preciso arrancar o que me fez viver e morrer... Mas até agora estou sem forças de dizer, de fazer, de levantar os olhos...
Ainda estou em pedaços
Com o coração partido
Com os olhos molhados demais
E me encolho no meu túmulo, novamente...
Sozinho...
Antônio Pompéia, Rio de Janeiro, 27 de Outubro de 2008, 12:14... com tudo isso o que escrevi multiplicado por mil...
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